A casa ficava em uma rua de terra, em frente ao córrego, no Jardim Marli, em Sorocaba — o lugar me acalmava e me sentia muito bem ali. O garoto morreria por sumir com um 38 velho com cinco cartuchos, que duvido que disparassem de tão úmidos que estavam. artigo 31. Mão na cumbuca: É caracterizado quando rouba algo da organização, dinheiro, drogas, armas, etc… Trata de uma situação grave. Punição: exclusão e morte, depende da situação com análise da Sintonia . — Regimento Interno do PCC Se houvesse mais armas nas ruas, ele colocaria outra no lugar, “tomaria um salve para aprender” , e seguiria sua vida — como vi isso algumas vezes. Sinto saudades daquele lugar, da pequena ponte sobre o córrego, onde os garotos aguardavam de sinaleiros, e dos cavalos que pastavam sossegados no meio do capim gordura — talvez fosse vê-los o que me acalmava. Dificilmente alguém me trás boas lembranças, mas ao ler o trabalho de André, revivi aquele dia e me senti de volta naquele lugar. Devo isso a ele. E
PCCs e policiais: dois lados da mesma moeda Tanto você quanto eu já tivemos a experiência de estar dos dois lados de um mesmo balcão — por vezes somos consumidores de serviços e produtos que nós mesmos prestamos, comercializamos ou fabricamos. Seguindo os caminhos que a vida traçou, tive a oportunidade de conhecer o mundo do crime: tanto no ambiente policial e judicial quanto na caminhada do Primeiro Comando da Capital (PCC) . Acompanhei garotos sem ódio no coração começando a trilhar a profissão no mundo do crime e nas forças de segurança: alguns apenas buscavam sustentar seus próprios gastos, enquanto outros entravam nessa por ideologia. Ler sobre o “Experimento de aprisionamento de Stanford” foi ler sobre coisas que eu mesmo vivenciei — as transformações de personalidade descritas por Philip Zimbardo foram aquelas que vivenciei na polícia e na facção PCC. PCCs e policiais: agindo de forma nunca esperada Eu não sei se uma pessoa nasce boa e a sociedade a corrompe, ou se nasce e